No final da tarde desta segunda-feira (29), a Universidade de Columbia, em Nova York, nos EUA, anunciou que havia iniciado oficialmente processos para suspender os estudantes que ainda estavam ocupando espaços da instituição com tendas e cartazes em protesto contra Israel.
O porta-voz da universidade, Ben Chang, foi quem informou sobre a resolução das ações disciplinares que serão aplicadas contra aqueles que desobedeceram ao prazo para o fim da ocupação estabelecido pela instituição.
"Começamos a suspender estudantes como parte da próxima fase de nossos esforços para garantir a segurança de nosso campus", disse Chang.
A universidade havia estabelecido na semana passada um ultimato para que os estudantes radicais deixassem o local ocupado até às 15h (horário de Brasília) desta segunda-feira.
Os estudantes, no entanto, decidiram, por meio de votação, continuar com a ocupação, que afirmam ser um "protesto" contra a ligação da universidade com empresas que possuem vínculos com Israel.
Em comunicado, a presidente da universidade, Minouche Shafik, declarou que não atenderia às demandas de desvinculação financeira e acadêmica de Israel. Em meio a relatos de atitudes antissemitas e discriminação contra estudantes judeus durante os protestos na Columbia, Shafik reforçou que a universidade "condena o ódio e que ações antissemitas são inaceitáveis".
Columbia foi o epicentro das manifestações em universidades dos EUA contra Israel.
Também nesta segunda, 40 estudantes foram presos na Universidade do Texas, em Austin, EUA. Tropas da polícia estadual e autoridades de segurança da instituição - equipadas com trajes antimotim - prenderam os membros de uma ocupação que ocorria dentro da instituição em protesto contra Israel. Eles não quiseram sair voluntariamente do espaço e tentaram resistir à detenção. Alguns estavam se jogando no chão para não serem levados.
“Não serão permitidos acampamentos” nas instituições de ensino, declarou o governador do Texas, Greg Abbott, do Partido Republicano, em um comunicado divulgado nesta segunda logo após o início das prisões na universidade.
Segundo informações do The New York Times, membros da administração da Universidade do Texas disseram que os grupos de manifestantes que estavam ocupando a instituição nesta segunda eram mais “ameaçadores” do que os que estiveram em protestos no local durante a semana passada.
Brian Davis, porta-voz da universidade, mencionou que os organizadores deste novo protesto chegaram a fazer ameaças virtuais durante o final de semana contra autoridades da instituição.
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