A Associação Nacional de Atletismo Universitário (NCAA, na sigla em inglês) americana multou nesta segunda-feira a Universidade de Penn State com uma série de medidas sem precedentes, incluindo uma multa de US$ 60 milhões, pelo escândalo sexual envolvendo um treinador assistente de futebol americano do campus.
A associação disse que o valor da multa é equivalente aos lucros anuais da Penn State. O dinheiro deve ser doado para um programa que previne abusos contra crianças e ajuda vítimas de violência sexual. Além da multa, a universidade perdeu todos os títulos e vitórias que conquistou com o legendário treinador Joe Paterno, entre 1998 e 2011.
Jerry Sandusky, treinador assistente aposentado da Penn State, foi condenado por abusar sexualmente dez meninos nos últimos 15 anos, muitos deles dentro do próprio campus. Ele encontraria suas vítimas através de sua própria instituição de caridade. Sandusky ainda não teve sua sentença anunciada, mas pode passar o resto da vida na prisão.
"O futebol americano nunca voltará a ser posto na frente do dever de educar, cuidar e proteger os jovens", disse o presidente da NCAA, Mark Emmert, lembrando que as medidas contra a Penn State foram "corretas e punitivas".
Emmert disse na semana passada que ainda pensava em fechar completamente o programa de futebol americano da universidade. O presidente da NCAA contou "que nunca tinha visto algo tão atroz" quanto o escândalo de Sandusky.
No domingo (22), Penn State retirou uma estátua de Joe Paterno, treinador que trabalhava com Sandusky, apenas seis meses após sua morte por câncer no pulmão, aos 85 anos. A família do técnico divulgou um comunicado, criticando a decisão da universidade por tomar a medida sem saber antes o envolvimento de Paterno no escândalo de abusos sexuais.
Em Washington, a Casa Branca disse que o presidente Barack Obama considerou a punição correta.
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