As universidades públicas da Califórnia oferecerão a suas alunas e trabalhadoras acesso à pílula abortiva em todos os seus campi para que não saturem as clínicas externas antes da chegada de pacientes de outros estados em que esta medicação é ilegal.
Os dois sistemas de ensino universitário público do estado, Cal State e Universidade da Califórnia, prometeram nesta quinta-feira (14) incluir a pílula no seguro de saúde de seus alunos, à custa dos pagadores de impostos, antes do próximo dia 1º de janeiro.
O esforço faz parte das medidas que o estado da Califórnia está promovendo para manter o acesso ao aborto depois que a Suprema Corte revogou a decisão sobre Roe vs Wade, de 1973, devolvendo aos estados o poder de decidir sobre o tema.
No entanto, a adoção da pílula abortiva no campus já havia sido aprovada em lei de 2019. A decisão do Supremo Tribunal apenas acelerou os planos das universidades.
De acordo com as duas instituições, que têm campi nas principais cidades do estado, como Los Angeles, San Francisco e San Diego, a medida ajudará a liberar outras clínicas para que possam atender mulheres de estados que não permitem a venda dessas pílulas em suas farmácias.
Os californianos votarão se a Constituição de seu estado deve proteger a vida dos nascituros ou deve manter o aborto liberado nas eleições de meio de mandato marcadas para novembro.
Trata-se de uma emenda constitucional apresentada pelo Partido Democrata, que foi proposta para manter o acesso ao aborto e a anticoncepcionais a qualquer gestante que esteja em solo californiano.
O aborto é legal sob a proteção da jurisprudência californiana, mas o Partido Democrata pretende buscar status federal.
Assim que a decisão final da Suprema Corte foi tornada pública, Califórnia, Washington e Oregon, os três estados que compõem a costa oeste dos EUA, endossaram sua intenção de promover o aborto por meio de uma série de ações conjuntas que descreveram como "Ofensiva da Costa Oeste".
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