Grupos estudantis franceses decidiram em votação, no domingo, que bloquearão estações de trem em 13 de novembro, como parte dos protestos contra a reforma do sistema universitário anunciada pelo governo.

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Os sindicatos de ferroviários já haviam convocado uma greve começando às 8h de 13 de novembro, em protesto contra a reforma no plano de pensão. A manifestação estudantil poderá piorar as condições de viagens no país.

O movimento estudantil está tentando ganhar impulso em sua luta contra uma lei do governo aprovada em julho, que dará às universidades maior autonomia sobre seus recursos e abrirá caminho para mais financiamentos do setor privado.

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Uma federação de grupos estudantis votou, no domingo, em reunião no oeste da França, pelo bloqueio das estações de trem em todo o país na terça-feira e realização de manifestações ao lado dos ferroviários em 14 de novembro.

As aulas em mais de uma dezena de universidades francesas foram prejudicadas na semana passada com o protesto dos estudantes. Cerca de cem universitários bloquearam por um breve período a estrada de ferro na estação Gare du Nord, a principal de Paris.

O governo considera que o movimento tem motivação política e afirma que os militantes de esquerda querem embarcar no bonde da disputa de pensões, que envolve funcionários de ferrovias, do setor energético e de transporte.

Grêmios estudantis dizem que a reforma educacional do governo vai criar um sistema duplo de financiamento que se concentrará em algumas instituições de elite e permitirá que grandes corporações ditem currículos.

As 85 universidades da França vêm enfrentando dificuldades em anos recentes e estão perdendo posições em rankings internacionais de qualidade.

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Muitas enfrentam problemas como excesso de alunos, falta de verbas e instalações precárias, e estão perdendo professores e pesquisadores para instituições dos Estados Unidos e outros países, que pagam melhores salários.