Bogotá Com mais de uma dezena de congressistas aliados presos por suposta conexão com os grupos paramilitares de extrema direita, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, propôs o perdão aos parlamentares, se eles contarem a verdade sobre os vínculos que tiveram com essas milícias. A proposta de Uribe recebeu fortes críticas da oposição e de analistas políticos, que qualificaram de "cínica" a manobra. O Partido Liberal, de oposição, definiu a proposta como "suspeita".
O governo Uribe vive a sua maior crise, que chegou ao auge na semana passada, com os depoimentos do ex-líder paramilitar Salvatore Mancuso, que acusou a vários funcionários do governo central, parlamentares e governadores de terem tido ligações com os paramilitares.
"Agora que se sabe que a maioria dos implicados no escândalo são do governo, praticamente todos, ele propõe esse tipo de coisa," criticou a analista política Claudia López, cujas investigações denunciaram a contaminação do processo eleitoral por paramilitares no norte da Colômbia.
López qualificou a proposta, em entrevista à Associated Press nesta quinta-feira, como "muito cínica, porque é um gesto abertamente a favor de integrantes do governo implicados no escândalo e é uma trapaça à Justiça."
Em outro movimento, o Congresso da Colômbia aprovou ontem um pedido para que Uribe peça à Organização de Estados Americanos (OEA), a retirada do seu chefe na Colômbia, o argentino Sergio Caramagna, que comanda a Missão de Apoio ao Processo de Paz (Mapp).
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