O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, desautorizou na terça-feira qualquer discurso de agressão internacional contra a Venezuela, num momento em que as relações entre os dois países passam pela pior crise da sua história recente.
Na véspera, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, participou de um desfile militar perto da fronteira e reiterou sua denúncia de que Colômbia e EUA estariam preparando uma invasão do seu país.
Também na segunda-feira, veio a público um relatório do ministério colombiano da Defesa recomendando a modernização das Forças Armadas para defender o país do expansionismo "ideológico e territorial" de vizinhos não especificados.
"Nossa mensagem de todas as horas tem de ser uma mensagem de afeto ao povo irmão da Venezuela. O presidente da República desautoriza qualquer menção que signifique ânimo retaliatório, ânimo de guerra internacional, este país não o permite", disse Uribe à Rádio Nacional.
"O único objetivo que temos é derrotar o problema interno do terrorismo", acrescentou. "Não autorizo (declarações agressivas), e digo muito claramente, que enquanto for presidente o país não pode ter (...) um discurso de agressão internacional."
Embora o governo em geral adote um discurso prudente em meio à crise, o ministro da Defesa, Gabriel Silva, recentemente respondeu com ironia a denúncias de espionagem feitas por Chávez - ele disse que soldados venezuelanos haviam confundido o trenó do Papai Noel com um avião espião.
Comentado as declarações de Uribe, Silva disse que o presidente demonstrou "um gesto de irmandade" com o povo venezuelano. "Vocês sabem que eu também me considero o ministro da paz, queria que nunca houvesse um conflito internacional, e tomara que possamos acabar com os inimigos internos, que é o nosso propósito", afirmou.
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