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Bases dos EUA

Uribe descarta levar acordo ao Congresso

Policiais examinam corpos abandonados próximos à fronteira | Franklin Contreras/AFP
Policiais examinam corpos abandonados próximos à fronteira (Foto: Franklin Contreras/AFP)

Bogotá - A Colômbia descartou ontem a possibilidade de submeter ao Congresso e à Corte Constitucio­nal do país o acordo de cooperação militar com os Estados Uni­dos, como recomendou um tribunal. O presidente colombiano, Alvaro Uribe, está disposto a assinar um acordo que dá aos Estados Unidos o acesso a sete instalações militares na Colômbia para lançar operações contra o narcotráfico e a guerrilha.

"Cumprem-se e foram cumpridos todos os requisitos, não há necessidade de levá-lo ao Con­­gres­­so, tampouco era requisito aprová-lo pelo Conselho de Esta­­do para consultas sobre o tráfego de tropas porque aqui não há tráfego de tropas", disse o chanceler Jaime Bermúdez.

O acordo causou polêmica na região depois que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou se tratar de um plano dos EUA para invadir seu país e frear sua revolução bolivariana. Às vozes de protesto de Chávez so­­maram-se às dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Ni­­ca­­rágua, Daniel Ortega, en­­quanto o tema foi debatido na União de Nações Sul-America­­nas (Una­­sul).

O Conselho de Estado emitiu na semana passada um parecer sobre o acordo entre Colômbia e EUA. Embora o parecer do tribunal tenha caráter reservado, a imprensa informou que foi feita uma recomendação ao governo para submeter o acordo militar ao Congresso e à Corte Constitu­­cional.

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