Repreensão
Colombiano pede a Chávez que proteja habitantes da fronteira
Reuters
Bogotá - O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, pediu ontem a seu colega venezuelano, Hugo Chávez, que coordene medidas para proteger a vida dos habitantes da fronteira entre os dois países e evitar episódios como o massacre de 10 pessoas por um grupo armado ilegal, ocorrido no último final de semana. O chamado de Uribe a Chávez foi feito em meio a uma crise diplomática entre os dois países vizinhos, que começou a afetar o comércio bilateral de mais de 7 bilhões de dólares anuais.
"Faço um pedido ao governo da Venezuela, e a seu presidente, para que acima de qualquer diferença busque conosco um modo de coordenar atividades para proteger o direito à vida dos cidadãos colombianos e dos cidadãos venezuelanos", disse Uribe.
Das 10 pessoas assassinadas no último fim de semana no estado venezuelano de Táchira, oito eram colombianos. As vítimas faziam parte de um grupo de torcedores de futebol e desapareceram depois que um grupo armado as sequestrou. Autoridades da Venezuela atribuíram o massacre ao conflito interno colombiano que já dura mais de quatro décadas.
Bogotá - A Colômbia descartou ontem a possibilidade de submeter ao Congresso e à Corte Constitucional do país o acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, como recomendou um tribunal. O presidente colombiano, Alvaro Uribe, está disposto a assinar um acordo que dá aos Estados Unidos o acesso a sete instalações militares na Colômbia para lançar operações contra o narcotráfico e a guerrilha.
"Cumprem-se e foram cumpridos todos os requisitos, não há necessidade de levá-lo ao Congresso, tampouco era requisito aprová-lo pelo Conselho de Estado para consultas sobre o tráfego de tropas porque aqui não há tráfego de tropas", disse o chanceler Jaime Bermúdez.
O acordo causou polêmica na região depois que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou se tratar de um plano dos EUA para invadir seu país e frear sua revolução bolivariana. Às vozes de protesto de Chávez somaram-se às dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega, enquanto o tema foi debatido na União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O Conselho de Estado emitiu na semana passada um parecer sobre o acordo entre Colômbia e EUA. Embora o parecer do tribunal tenha caráter reservado, a imprensa informou que foi feita uma recomendação ao governo para submeter o acordo militar ao Congresso e à Corte Constitucional.