Bogotá - Juan Manuel Santos, ex-ministro do presidente Álvaro Uribe, deve se tornar o sucessor do líder no comando da Colômbia. Santos é franco favorito na disputa deste domingo com o oposicionista Antanas Mockus, do Partido Verde.
Mockus era apontado como a sensação do primeiro turno da disputa, aparecendo em várias pesquisas à frente dos rivais. Quando as urnas foram abertas em 30 de maio, porém, Santos ficou com 46,5%, ante 21,5% de Mockus.
Agora, as pesquisas preveem uma vitória folgada da situação. "Não haverá surpresas e Santos está praticamente eleito", afirma o professor Vicente Torrijos, da Universidade do Rosário, em Bogotá.
"Santos teve grande apoio de Uribe e também de outros políticos", complementa a professora María Consuelo Ahumada, da Pontifícia Universidade Javeria na, na capital colombiana. "A opinião pública colombiana está muito à direita, por causa da guerrilha", comenta.
Esfriado
O candidato verde empolgou parte da Colômbia com a bandeira da ética. Sem propor mudanças radicais na condução do país, Mockus defendeu o fim dos escândalos na política nacional.
A empolgação com Mockus, porém, mostrou-se menor que a prevista nas pesquisas. Logo após a primeira votação, o oposicionista teve dificuldade para atrair apoios de outras siglas, enquanto Santos angariava aliados pregando um governo de "unidade nacional".
Ex-ministro da Defesa, Santos pretende manter a política de linha-dura com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No início da semana, o Exército conseguiu libertar quatro militares das mãos das Farc. Santos é visto como um homem forte, capaz de combater a guerrilha.
Quase 30 milhões de colombianos podem votar, em um país de cerca de 45 milhões de habitantes. O vencedor na disputa eleitoral assume o poder em 7 de agosto.
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