O presidente colombiano Alvaro Uribe irá ao Peru nesta terça-feira dando início a um giro pela América do Sul a fim de "explicar" o alcance do plano militar dos Estados Unidos na Colômbia, que ameaça isolar Bogotá após fortes críticas na região, disse o chanceler peruano.
Bogotá prevê para este mês a assinatura de uma extensão do acordo militar com Washington, que, segundo a Colômbia, servirá para fortalecer a luta antidrogas.
"A viagem do presidente Uribe (...) é justamente para explicar o alcance de seu acordo bilateral (com os Estados Unidos)", disse o chanceler peruano, José Antonio García Belaunde, à rádio local RPP.
O plano da Colômbia, principal aliado de Washington no continente e que há décadas luta contra as guerrilhas de esquerda ligadas ao narcotráfico, gerou preocupação tanto em líderes de esquerda da região como nos moderados Brasil e Chile.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusa os Estados Unidos de querer montar na Colômbia uma plataforma para "atacar" os vizinhos na região.
Mas García Belaunde explicou que Uribe quer "convencer que as condições desse acordo não têm nada a ver com as condições (...) vinculadas às bases militares dos Estados Unidos em Manta (no Equador)".
Quito deu por encerrados em julho os voos norte-americanos de interdição que eram feitos de uma base militar na costa do Oceano Pacífico.
Desde então, Washington negocia um plano para realocar essas operações na Colômbia, que já recebeu bilhões de dólares em ajuda militar dos Estados Unidos para combater o narcotráfico e os grupos rebeldes.
Entre terça e quinta-feira, Uribe visitará, ao lado de seu chanceler Jaime Bermúdez, aos presidentes do Peru, Alan García, do Chile, Michele Bachelet, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo.
Ainda não estão definidos encontros com os mandatários de Argentina, Bolívia e Uruguai.
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