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Parlamentares protestam contra a proposta de Uribe para disputar 3ª eleição: vitória da oposição | Guillermo Legaria/AFP
Parlamentares protestam contra a proposta de Uribe para disputar 3ª eleição: vitória da oposição| Foto: Guillermo Legaria/AFP
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A Corte Constitucional da Co­­lômbia enterrou ontem a possibilidade de o presidente Álvaro Uri­­be se candidatar a um terceiro mandato, em maio. Depois de sete horas de debate, a proposta de realização de um referendo foi considerada inconstitucional por sete dos nove juízes da corte. Não cabe recurso à decisão.

Até às 22h30 (horário de Bra­­sília) de ontem Uribe ainda não havia comentado o resultado oficial, mas afirmara mais cedo que acataria o que fosse de­­cidido pela máxima instância da justiça co­­lombiana para assuntos constitucionais.

Com isso, inexiste agora a possibilidade de Uribe buscar nas ur­­nas um terceiro mandato consecutivo como presidente da Co­­lômbia.

Uribe nunca disse oficialmente que gostaria de candidatar-se nas eleições de maio, mas sempre defendeu a necessidade de dar continuidade a sua política de "se­­gurança democrática", à qual se atribuem a redução dos se­­ques­­tros e homicídios, além da ação de guerrilheiros e paramilitares.

Eleito em 2002, ele tentou aprovar a primeira reeleição em referendo no ano seguinte. Foi derrotado, mas não desistiu – em 2004 o projeto passou como emenda constitucional no Con­­gresso.

Seu segundo mandato começou em 2006 e foi marcado por altos índices de popularidade, apesar de uma série de escândalos. Uribe chegou a ter 92% de aprovação em 2008, mas hoje tem pouco mais de 60%.

O analista político Alfredo Rangel, próximo do uribismo, disse ontem não acreditar que Uribe aponte um herdeiro: "É uma questão aberta. Não vejo que Uribe se sinta completamente identificado com uma única liderança’’.

Estudo recente da empresa Datexco, publicado pelo jornal El Tiempo, aponta que, em cenários sem Uribe, os mais bem po­­sicionados são o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, do uribista Partido Social da Uni­­dade Nacional (Partido de la U), e o ex-prefeito de Me­­del­­lín Sergio Fajardo, inde­­pen­­den­­­­te "nem uribista nem não uri­­bista’’.

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