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O presidente colombiano, Alvaro Uribe, ordenou que tropas realizassem a busca e o resgate de um governador que as autoridades alegam ter sido sequestrado por guerrilheiros das Farc num ousado ataque noturno a sua casa.

O sequestro de um governador na segunda-feira mostra como a guerrilha mais antiga da América Latina ainda é capaz de realizar operações de alta visibilidade, apesar de anos sendo combatida pelos militares colombianos com o apoio dos EUA.

Autoridades colombianas disseram que a unidade Teofilo Forero do grupo rebelde das Farc foi a provável responsável pelo sequestro de Luis Cuellar, governador da Província de Caqueta. Um guarda policial foi morto durante o ataque a sua casa.

"Todo esforço militar e policial deve ser feito para garantir o resgate. Nós não podemos continuar à mercê dos terroristas, terroristas que banham o país com sangue e nos enganam todos os dias", disse Uribe.

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) já controlaram grande parte da Colômbia. Mas os bombardeios e sequestros diminuiram depois que o presidente Uribe enviou tropas para retomar as áreas controladas pelos grupos armados, que passaram a financiar suas operações através do tráfico de cocaína.

Homens de uniforme carregando fuzis arrombaram a porta da casa de Cuellar antes de agarrá-lo, disse o secretário do governador de Caqueta, Edilberto Ramon Endo, a repórteres.

As Farc ainda estão mantendo reféns 24 policiais e soldados, alguns sequestrados há mais de uma década e mantidos em acampamentos na selva. Cuellar seria o único político agora no cativeiro das Farc, dando aos rebeldes vantagem em qualquer negociação com o governo.

O sequestro do governador ocorreu assim que o grupo guerrilheiro anunciou que planejava libertar dois reféns numa entrega organizada pela Cruz Vermelha e a Igreja Católica. O estado de Caqueta ao sul da Colômbia é uma região remota, onde os rebeldes mantêm forte presença.

As Farc foram duramente atingidas pela morte de alguns de seus altos comandantes e pelo fluxo constante de deserções. Por causa de ataques constantes de militares, os guerrilheiros foram obrigados a voltar às regiões remotas.

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