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Veja os novos vazamentos do WikiLeaks.
Peru
- O narcotráfico ainda tem influência sobre o Exército do Peru. Criada por Vladimiro Montesinos, o ex-chefe dos serviços de inteligência do ditador Alberto Fujimori (1990-2000), a rede de corrupção não está eliminada nas Forças Armadas e existe a possibilidade de que retorne com força.
Peru 2
- O movimento terrorista Sendero Luminoso continua vivo no Peru. Os Estados Unidos prestarão assistência militar aos peruanos para derrotar definitivamente o Sendero, grupo que causou boa parte das 69 mil mortes nas décadas de 80 e 90.
Portugal
- O presidente do banco português Millennium BCP, Carlos Santos Ferreira, criou uma maneira própria de fazer negócio com os iranianos sem incomodar os americanos. A solução foi trabalhar como espião, "ajudando o governo dos EUA a rastrear fundos e atividades financeiras iranianas", segundo o documento.
Espanha
- A retirada abrupta das tropas espanholas de Kosovo em 2009, sem consultar os aliados ocidentais, provocou mal-estar diplomático. O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, "criticou a falta de consulta antes da retirada e pediu aos espanhóis que consultem os americanos de uma forma mais transparente no futuro".
O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe disse que a melhor resposta aos objetivos expansionistas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, seria a ação militar. A sugestão faz parte de um telegrama "confidencial" de 17 de janeiro de 2008, revelado pelo WikiLeaks, de autoria da Embaixada dos EUA em Bogotá.
O documento descreve os assuntos que foram abordados durante a reunião entre o ex-mandatário colombiano e o chefe do Estado-Maior dos EUA, Michael Mullen. "A melhor forma de conter Chávez, na visão de Uribe, continua sendo a ação incluindo uso de militar", diz o despacho, assinado pelo então embaixador dos EUA, William Brownfield.
De acordo com o relatório, Uribe afirmou que Chávez tinha um plano, a ser concretizado em no máximo sete anos, para avançar sua agenda socialista bolivariana em território colombiano. Para isso, o governante venezuelano utilizaria as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como sua milícia a fim de combater o governo de Uribe.
Outra preocupação se relacionava às eleições presidenciais deste ano. O ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, apoiado por Uribe, venceu o pleito. O temor era que os chavistas influenciassem as eleições, por meio do financiamento de um candidato.
O então presidente da Colômbia já indicava que poderia entrar na Venezuela, mesmo que não obtivesse autorização para isso, para capturar os líderes das Farc. Algum tempo depois, em março, o Exército colombiano ultrapassou a fronteira que separa o país do Equador, do presidente Rafael Correa, aliado de Chávez. A operação resultou na morte de Raúl Reyes, o então número dois do movimento. Depois de um ataque aéreo em território equatoriano, Reyes e ao menos outros dez rebeldes foram mortos.
Tal decisão resultou no rompimento total das relações diplomáticas entre colombianos e equatorianos. Até mesmo rumores de guerra entre os países surgiram. Somente no último dia 26 de novembro houve o restabelecimento das relações formais, embora elas continuem tensas.
Narcotráfico no Peru
O WikiLeaks fez também outra revelação em relação a um país sul-americano. Segundo o site, o narcotráfico ainda possui influência sobre o exército peruano.
É o que diz um despacho, enviado pelos diplomatas da Embaixada do Peru e revelado pelo WikiLeaks.
Criada por Vladimiro Montesinos, ex-chefe dos serviços de inteligência do ditador Alberto Fujimori (1990-2000), a rede de corrupção não estaria eliminada nas Forças Armadas.
Ainda de acordo com o documento, os diplomatas obtiveram a informação em conversas sigilosas com oficiais superiores das Forças Armadas.
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