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Bogotá - Em reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, o governo da Colômbia ratificou ontem que o acordo que dará aos EUA acesso a ao menos seis instalações militares no país não precisa passar pelo Congresso. O tratado deve ser assinado hoje, em Bogotá.

A decisão do governo conservador de Álvaro Uribe foi criticada pelos oposicionistas do Partido Liberal, centrista, e Polo Democrá­­tico Alternativo, esquerdista, porque contraria a recomendação fei­­ta, na semana passada, pelo Conselho de Estado, órgão do Ju­­diciário cujas determinações têm caráter não vinculante.

Ao desviar do Congresso, Uribe consegue evitar tramitação provavelmente complicada que po­­deria deixar a oficialização do acordo para as vésperas das eleições presidenciais do ano que vem.

O conselho se mostrou favorável ao envio do acordo para votação no Congresso colombiano, considerando que ele é mais que uma simples extensão da cooperação já existente com Washing­­ton.

O órgão também argumentou que o acordo – que provocou rejeição de Venezuela e Equador e pedidos de explicação do Brasil – deve passar pelo Senado para cumprir o que determina o artigo 173 da Constituição.

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