Presidente do Chile reclama de venezuelano
Santiago A presidente chilena, Michelle Bachelet, disse que reclamou ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por ter declarado apoio de uma saída para o mar para a Bolívia e se disse contrariada por Chávez não ter defendido uma queda nos altos preços do petróleo.
Bachelet fez as declarações em uma entrevista gravada para a emissora privada Canal 13, que será exibida hoje. "Indiquei a ele que a questão com a Bolívia era um tema bilateral e que, por isso, não me pareceu feliz sua declaração. Eu pedi que ele não fizesse mais declarações sobre isso, e ele não as fez", disse Bachelet ao Canal 13.
Ao chegar ao Chile há duas semanas para o encontro ibero-americano, Chávez expressou a jornalistas seu apoio ao pedido da Bolívia de ter acesso ao Oceano Pacífico, que o país perdeu há mais de um século após enfrentar o Chile em uma guerra que também envolveu o Peru.
Bogotá O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, declarou ontem que usará "todos os meios'' para obter a libertação dos seqüestrados nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Uribe disse a frase num encontro do Parlamento Latino-Americano, em Bogotá, reafirmando sua decisão, anunciada terça-feira, de afastar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, das mediações de um acordo com as Farc de troca de 45 seqüestrados por cerca de 500 guerrilheiros presos.
O governo dos EUA, por meio do Departamento de Estado, manifestou ontem apoio a seu aliado Uribe e instou o comando das Farc a dar provas de que os reféns que seriam trocados entre os quais três americanos estão vivos.
Uribe dispensou Chávez das negociações, que já duravam três meses, após o venezuelano haver tratado do assunto diretamente com o comando militar da Colômbia, algo que Uribe diz ter pedido que não fizesse.
O jornal colombiano "El Tiempo'' divulgou ontem trecho do diálogo que Uribe teria travado com seu colega venezuelano. Na conversa, em Santiago, Chile, o colombiano pediu que Chávez não falasse sobre as Farc com seus generais. Mas Chávez falou ao telefone, de Cuba, com Mario Montoya, comandante do Exército colombiano.
Segundo o "El Tiempo'', o venezuelano queria convencer o general a desmilitarizar temporariamente duas cidades onde seria feita a troca de reféns por presos.
Também foi desautorizada a participar das mediações a senadora colombiana Piedad Córdoba, oposicionista e que auxiliava Chávez.
Após o anúncio de Uribe, tanto Paris como Caracas manifestaram seu desejo de que Bogotá reconsiderasse. O interesse da França no sucesso das negociações deve-se em grande parte ao empenho do presidente Nicolas Sarkozy pela libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt, nas mãos das Farc há cinco anos.
Chávez
Mesmo afastado, Chávez, pediu ao líder do grupo rebelde, Manuel Marulanda, que envie a ele provas de vida dos reféns. Chávez disse que "segue a ordem'' para alcançar um acordo humanitário na Colômbia. Segundo ele, o processo de negociação com as Farc entrou em uma "dinâmica que não se pode parar''.
"Marulanda, se você decidir libertar esse grupo (de reféns), apesar do que aconteceu, eu receberei todos aqui, com muito prazer. Os mais de 2.000 quilômetros de fronteira estão abertos'', afirmou Chávez.
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