O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, disse que "deplora" que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, considere que a atual crise diplomática entre Colômbia e Venezuela se trate de "um caso de assuntos pessoais" entre os mandatários de ambos os países, informou um comunicado da presidência colombiana.
O porta-voz da presidência da Colômbia, César Mauricio Velásquez leu o comunicado no qual assinalou que Uribe "deplora que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem temos cultivado as melhores relações, se refira à nossa situação com a República Bolivariana da Venezuela como se fosse um caso de assuntos pessoais, ignorando a ameaça que para a Colômbia e para o continente representa a presença dos terroristas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nesse país".
Na véspera, após uma reunião em Brasília com o mandatário da Nicarágua, Daniel Ortega, Lula disse sobre a Colômbia e a Venezuela: "Ainda não vi conflito. Eu vi é conflito verbal, que é o que nós ouvimos mais aqui nessa América Latina".
"Desconhece o presidente Lula o nosso esforço para buscar soluções através do diálogo", agregou a mensagem. "Repetimos com todo o respeito ao presidente Lula e ao governo do Brasil que a única solução que a Colômbia aceita é que não seja permitida a presença dos terroristas das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN, outro grupo guerrilheiro colombiano de esquerda) em território venezuelano", acrescentou Velásquez.
Enquanto isso, o chanceler da Colômbia, Jaime Bermúdez, disse que seu país participará do encontro de ministros das relações exteriores dos países da União de Nações Sul-americanas (Unasul) que começa hoje em Quito, "sem maiores expectativas" de resultados. Bermúdez afirmou que Bogotá não se retratará das denúncias que fez sobre a presença de chefes da guerrilha colombiana em território venezuelano. Lula deverá visitar Caracas em 6 de agosto e, no dia seguinte, deverá participar da posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos.
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