Bogotá - O ministro do Interior da Colômbia e artífice da aprovação pelo Congresso do referendo para autorizar a "rerreeleição’’ de Álvaro Uribe, Fabio Valencia, disse que o presidente só anunciará candidatura ao terceiro mandato após a aprovação da possibilidade nas urnas.

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A declaração é a primeira admissão de um membro do governo de que não será cum­­prido o prazo, previsto na legislação, do anúncio público da candidatura até seis me­­ses antes do pleito, ou 30 de novembro.

"Se não existe a lei, se não existe a instituição (da ‘rerreeleição’), ele não poderia anun­­ciar. (Uribe) não pode ser candidato até a aprovação do referendo, e ainda faltam duas instâncias: a Corte e o voto da população’’, disse Valencia ao jornal colombiano El Tiempo.

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Até mesmo aliados do presidente consideram inviável que a consulta, aprovada na última terça e agora pendente de um aval da Corte Cons­­titucional, seja realizada até essa data.

Prazo

Para o ministro, o mais provável é que a consulta seja realizada entre janeiro e fe­­vereiro, embora a Corte possa levar até cinco meses para pronunciar-se sobre o referendo – imerso em nu­­vem de incertezas e entraves jurídicos.

Valencia disse também que "não pensamos’’ na possibilidade de realizar o referendo no mesmo dia das eleições legislativas, em março – o que implicaria em modificar a lei.

Para o referendo ser validado, o comparecimento precisa ser de 25% do eleitorado (7 milhões de eleitores). A "rerreeleição’’ será autorizada se o "sim’’ obtiver 50% mais um dos votos.

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