As esperanças de reeleição do presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, tiveram um revés na quarta-feira, quando uma das principais autoridades jurídicas do país anunciou falhas na lei que estabelece as regras sobre as quais ele concorreria a um segundo mandato, no ano que vem.
A possibilidade de a Colômbia ficar sem Uribe assusta Washington e a base conservadora do presidente, que não tem um sucessor para continuar com as duras políticas de segurança caso ele não possa concorrer em 2006.
A Lei de Garantias Eleitorais, aprovada pelo Congresso este ano, tem problemas que impedem Uribe de se candidatar à eleição de maio, mesmo se a Corte Constitucional do país aprovar uma emenda separada que permita a ele concorrer, disse Edgardo Maya, da Procuradoria-Geral.
Os presidentes colombianos só podem concorrer a um mandato. Mas a Lei de Garantias Eleitorais estabelece regras que garantem igualdade em eleições em que um presidente no cargo concorra contra outros candidatos.
Maya emitiu uma opinião, que não tem valor legal, citando "graves deficiências e contradições substanciais" na lei e recomendou que a Corte Constitucional a rejeite.
A corte deve julgar até novembro a emenda constitucional que permitiria a reeleição.
Uribe é um aliado próximo dos Estados Unidos e o preferido de Wall Street. Sua taxa de popularidade está em cerca de 70% graças à sua ofensiva contra rebeldes marxistas que lutam contra o Estado há 41 anos. Pesquisas mostram que Uribe conquistaria com folga um segundo mandato.
Deixe sua opinião