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Uruguai: cinco militares são processados no caso Gelman

Um juiz uruguaio decretou a prisão de cinco militares reformados pelo homicídio de María Claudia García de Gelman - nora do poeta argentino Juan Gelman - durante a ditadura uruguaia (1973-1985), informou nesta sexta-feira a Suprema Corte de Justiça (SCJ).

Os militares são José Nino Gavazzo, José Ricardo Arab, Gilberto Vázquez, Jorge Silveira Quesada e Ricardo José Medina, que já estão detidos por outros crimes.

O grupo é acusado de homicídio "especialmente agravado", com pena de entre 15 e 30 anos de detenção.

A decisão foi adotada na quinta-feira, no mesmo dia em que o Parlamento uruguaio aprovou a lei que torna imprescritíveis os crimes cometidos durante a última ditadura (1973-1985).

Até o momento, todos os condenados por crimes durante a ditadura foram enquadrados por homicídio especialmente agravado.

Maria Claudia García foi sequestrada em Buenos Aires em 1976, aos 19 anos, grávida de sete meses. A jovem foi levada em seguida ao Uruguai, onde deu à luz Maria Macarena Gelman e desapareceu.

Maria Macarena foi entregue ilegalmente à família de um oficial da polícia uruguaia e sua identidade original só foi restabelecida no ano 2000.

Em março deste ano, a Corte Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) exigiu do Uruguai "a investigação dos fatos" do caso Gelman "a fim de esclarecê-los, determinar as responsabilidades penais e administrativas, e aplicar as consequentes sanções que a lei prevê".

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