Montevidéu (EFE) – A possível inclusão da Venezuela como membro efetivo do Mercado Comum do Sul (Mercosul) dará mais equilíbrio ao Cone Sul e favorecerá o desenvolvimento da região, afirmou ontem Reinaldo Gargano, chanceler do Uruguai, país que exerce a Presidência rotativa do bloco neste semestre. A solicitação venezuelana de entrar no Mercosul "não é uma operação política ideológica, mas do tipo econômico e comercial", disse Gargano.

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O chanceler defendeu a Venezuela ao rebater críticas surgidas em Montevidéu em decorrência do pedido de adesão, tendo em vista as tensas relações entre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o presidente norte-americano, George W. Bush, que tenta evitar o fortalecimento de Caracas.

O Uruguai recebeu a solicitação do governo da Venezuela para integrar-se plenamente ao bloco no dia 26 de julho. Argentina, Brasil e Paraguai foram informados, mas ainda não teriam tomado uma decisão conjunta. Gargano destacou que a Venezuela interessa aos fornecedores de alimentos. "Estamos no início de um processo de integração global na América do Sul, que é um caminho de solução para os problemas do comércio bilateral e multilateral", argumentou. O Mercosul se aproxima cada vez mais da Comunidade Andina de Nações, formada por Bolívia, Equador, Colômbia, Peru e Venezuela.

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Criado em 1991, o Mercosul é integrado por Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Outros seis países – Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela – são associados, ou seja, parceiros do bloco, mas sem a obrigação de adotar tarifas comuns.