Montevidéu O ex-chanceler uruguaio Sergio Abreu, do Partido Na-cional (Blanco), de oposição, pediu ontem ao Brasil uma "liderança responsável" para mediar o conflito entre Argentina e Uruguai e salvar "o pouco que resta de credibilidade" ao Mercosul. Abreu, signatário com o então presidente Luis Alberto Lacalle do Tratado de Assunção, que criou o Mercosul, integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, insistiu em artigo do diário El País que o tema das fábricas de celulose não é bilateral, e sim regional.
O ex-chanceler e atual senador se referia à polêmica gerada pela instalação das fábricas de celulose da finlandesa Botnia e da espanhola Ence na margem do rio Uruguai, fronteira natural entre as duas nações, e que levou o governo uruguaio a suspender na sexta-feira a negociação com a Argentina sobre este assunto.
Os dois projetos são rejeitados pelos moradores da província argentina de Entre Ríos, que durante um mês e meio mantiveram bloqueadas duas das três estradas que levam ao Uruguai em protesto contra a suposta contaminação que essas fábricas podem causar.
O governo de Montevidéu convocará de forma urgente o Conselho do Mercosul para analisar a situação criada entre os dois países e enviará também uma nota informativa ao Tribunal Internacional de Haia para explicar os antecedentes do conflito, mas por enquanto não lhe pedirá que seja o mediador na disputa entre Argentina e Uruguai.
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