A polícia rodoviária do Uruguai realizará controles específicos com os motoristas para detectar se houve consumo de maconha, uma vez que entrar em vigor a lei de legalização da droga no país, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

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Em entrevista com a Agência Efe, Gerardo Barrios, presidente da União Nacional de Segurança Viária do país (UNASEV), afirmou que para determinar se um motorista consumiu maconha será tomada uma amostra de saliva, que depois será analisada para rastrear a presença de THC (tetrahicrocannabionol), o princípio psicoativo da droga.

A lei uruguaia sobre cannabis, já aprovada mas pendente de regulamentação, proíbe terminantemente conduzir veículos sob os efeitos da droga e pune os motoristas que a tenham consumido, independentemente da quantidade detectada em seu organismo.

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Os exames para determinar se um motorista consumiu maconha serão realizados de forma conjunta com a espirometria, a medição que estabelece a taxa de álcool.

Segundo Barrios, a lei que regula a compra e venda e cultivo de cannabis no Uruguai contribuirá para "aumentar a percepção do risco" do consumo desta droga entre os motoristas.

"O debate gerado em torno da lei da maconha pôs sobre a mesa um tema até então desconhecido para os uruguaios: os efeitos do cannabis sobre a condução. Assim, agora a maconha é vista como um novo fator de risco ao volante", assegurou.

Para o presidente de UNASEV, a prevenção do consumo de maconha em motoristas será similar a já adotada com o álcool, cuja taxa em sangue permitida para circular é de um máximo de 0,3 miligramas por litro.

O presidente também disse, além disso, que quase 93% das espirometrias realizadas em motoristas em estradas uruguaias durante o primeiro trimestre de 2014 deram um resultado negativo.

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A maconha e os derivados do cannabis podem causar "transtornos na percepção e o tempo de reação", assim como "redução da sensação da velocidade e as habilidades motoras".

Além disso, a maconha promove uma incapacitação "para apreciar objetivamente as distâncias", segundo recolhe um estudo publicado em 2007 pela Faculdade de Psicologia da Universidade de Granada (Espanha).