Montevidéu Uma pesquisa on-line realizada pela consultoria dAlessio Irol e Associados e o jornal financeiro El Observador indicou ontem que os uruguaios estão muito insatisfeitos com o Mercosul formado também por Argentina, Brasil, Paraguai e Venezuela. Segundo a pesquisa, apenas um punhado de internautas respondeu que as relações entre os países do bloco do Cone Sul são "muito boas", no total de 1,5%. Somente 5,6% consideraram que são "boas". Outros 30,4% afirmaram que o convívio entre os países do bloco é "mais ou menos". Mas, 62,6% sustentaram que as relações entre os sócios do Mercosul são "ruins" ou "muito ruins".
Apesar do descontentamento geral, o país deve aderir à utilização das moedas da região, ao invés do dólar. Montevidéu já discute essa mudança há cerca de um mês com a Argentina, e se mostra favorável à simplificação das operações financeiras e à redução dos custos das operações comerciais.
Os uruguaios foram no passado recente um dos povos mais entusiastas com o Mercosul. A capital do país albergou diversos organismos do bloco, entre eles a Secretaria do Mercosul. A idéia entre os países sócios é que Montevidéu deveria transformar-se em uma "Bruxelas" mercosulense, em referência à cidade que reúne grande parte das instituições e organismos da União Européia.
No entanto, ao longo do último ano o entusiasmo começou a dissipar-se e foi substituído pela decepção. A classe política, os empresários e a opinião pública do Uruguai começaram a cansar-se das assimetrias com os países "grandes", isto é, o Brasil e a Argentina. Também teve influência negativa a série de barreiras surgidas nesses países para a entrada de produtos Made in Uruguai.
O país ameaçou inclusive abandonar o Mercosul. Além disso, busca acordos bilaterais com os Estados Unidos e a China. Para completar, briga há cinco meses com a Argentina por causa da instalação de papeleiras nas margens do Rio Uruguai, defendendo que a poluição a ser gerada fica dentro dos limites legais.
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