Ouça este conteúdo
A usina nuclear de Zaporizhzhia desativou o último reator ainda em funcionamento após um incêndio causado por novos bombardeios em seu entorno, disse a empresa estatal de energia ucraniana Energoatom.
As autoridades ucranianas também disseram que “qualquer trabalho de reparo nas linhas é atualmente impossível” por causa dos ataques nas imediações da usina.
No sábado (3), a central nuclear, a maior da Europa, já tinha sido desconectada da rede elétrica ucraniana após vários bombardeios na região, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O ministro da Energia da Ucrânia, Hermann Galushchenko, advertiu que não é possível reparar a linha, pois qualquer trabalho desse tipo é atualmente impossível por causa dos combates na área da usina.
“O mundo está novamente à beira do desastre nuclear”, disse o ministro em sua conta no serviço de mensagens Telegram.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exigiu repetidamente a retirada imediata das tropas russas que estão no controle da usina atômica há meses.
A missão da AIEA chegou em Zaporizhzhia na semana passada, após um acordo com Moscou e Kyiv para permitir que seus especialistas, liderados pelo argentino Rafael Grossi, pudessem trabalhar.
Após a saída da equipe, uma missão permanente da agência da ONU, composta por dois representantes, permaneceu no local.
Além da desconexão total desta segunda-feira, já havia ocorrido uma interrupção no final de agosto, também devido a bombardeios na região da central e pelos quais Kyiv e Moscou se acusam mutuamente.