O governo anunciou progressos para conter o vazamento em Fukushima 1. Os reatores 5 e 6, que estavam desligados quando houve o terremoto, estão com a temperatura controlada. Ambos registravam superaquecimento, mas estavam em situação bem melhor do que os outros reatores. "Estamos nos aproximando do controle da situação, disse ontem o porta-voz do governo, Tetsuro Fukuyama.
A maior preocupação continua no reator 3, onde houve aumento de pressão. Os bombeiros jogaram água por mais de 14 horas para tentar resfriar o sistema. Por causa do pouco progresso, os técnicos cogitaram até soltar vapor radioativo na atmosfera, mas a alternativa foi descartada após a pressão interna ter se estabilizado. Esta liberação poderia jogar ao ar japonês elementos como criptônio e xenônio.
Embora a pressão permaneça alta, ela parou de subir."O reator se estabilizou", disse o gerente da empresa, Hikaru Kuroda. Ele afirmou que as temperaturas dentro do reator atingiram 300 graus Celsius e que a opção de liberar o gás altamente radiativo continuará sendo considerada se a pressão voltar a aumentar.
Desativação
Ontem, um porta-voz do governo japonês admitiu pela primeira vez que a usina de Fukushima possa ser desativada. Segundo ele, o complexo não está em condições de reiniciar as atividades. "Considerando com objetividade a situação da central, penso que parece evidente que a usina de Fukushima Daiichi não está em condições de voltar a funcionar", declarou Yukio Edano.
O porta-voz informou que a decisão não depende apenas da autoridade do Estado, já que a central é administrada pela empresa privada Tepco.