Uma vacina experimental contra Ebola, similar à desenvolvida pela GlaxoSmithKline, foi bem-sucedida por pelo menos cinco semanas em macacos de laboratório, mas precisa de uma vacina adicional para estender a sua proteção para 10 meses, de acordo com um estudo publicado neste domingo.
As descobertas oferecem uma primeira dica de qual, se alguma, vacina contra Ebola em desenvolvimento será efetiva e de que forma.
Johnson & Johnson e NewLink Genetics também estão entre as firmas acelerando os esforços para fornecer vacinas e tratamentos para o Ebola, enquanto a pior epidemia do vírus atinge o oeste da África, matando mais de 2 mil pessoas.
Os resultados do novo estudo sugerem, por exemplo, que a vacina da GSK sendo testada em voluntários saudáveis vai proteger contra a infecção do Ebola em curto prazo, mas talvez não seja suficiente para uma proteção mais longa.
O estudo, publicado no Nature Medicine, é o primeiro a relatar que uma vacina produziu uma "imunidade durável" contra Ebola, protegendo quatro de quatro macacos por 10 meses.
A vacina usa um adenovírus de chimpanzé, muito próximo ao de um humano, que trata infecções respiratórias, no qual os cientistas emendaram um gene de Ebola.
O adenovírus infecciona as células do animal vacinado, fazendo-o absorver o gene e produzir proteínas de Ebola. Com isso, o sistema imunológico consegue atacar as proteínas do vírus do Ebola quando a infecção ocorre.
A vacina em estudo é similar às que estão sendo desenvolvidas pela GSK, que começou testes de segurança em humanos na última terça-feira, e pela J&J, que pretende começar testes de segurança no começo de 2015.
Uma terceira vacina experimental de Ebola usa um sistema diferente, um patógeno chamado vírus da estomatitie vesicular (VSV). A versão desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá, e licenciada para a NewLink Genetics, deve ser testada em voluntários saudáveis neste outono. A Profectus BioSciences também está desenvolvendo uma vacina dessas.
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