O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (L) e o prefeito de Jerusalém Moshe Lion visitam um restaurante recém-reaberto em Jerusalém em 7 de março de 2021. Israel deu um passo em direção à normalidade, reabrindo uma série de empresas e serviços de bloqueios de pandemia, mas com alguns disponíveis apenas para portadores de “passe verde” totalmente vacinados| Foto: Divulgação/Ohad ZWIGENBERG/AFP
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Por meses, a brasileira Hanna Rosenbaum abria a porta de casa, em Jerusalém, e via as luzes dos hotéis da região onde mora apagadas. A cena se repetia desde março do ano passado. Nos últimos dias, o cenário mudou: com o avanço da vacinação em Israel, a cidade voltou à vida.

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Os parques ganharam visitantes, as escolas receberam alunos e os bares têm clientes novamente. "Fazia muito tempo que eu não entrava em um shopping", disse a jovem, de 25 anos, vacinada há duas semanas. "Sentei na mesinha de um restaurante com meu namorado e pensei: 'Há quanto tempo não fazíamos isso?'. Foi bem nostálgico."

Hanna fez na última semana algo que havia muito desejava – e é uma realidade distante na maioria dos países: uma viagem. Saiu de Jerusalém para o norte de Israel passar uns dias em algum hotel, serviço que ainda funciona com restrições.

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À medida que a vacinação acelera, Israel planeja dar o maior passo de sua reabertura hoje. As restrições começaram em dezembro e, desde então, o país já vacinou 4,9 milhões de um total de 9 milhões de habitantes com ao menos uma dose (53%). Cerca de 3,71 milhões de israelenses (40%) já receberam a segunda dose.

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Comer em um restaurante – para quem tem o "passaporte verde" da imunização – poderá ser de novo uma realidade. Reuniões de mais de 20 pessoas em locais fechados e de até 50 em áreas abertas voltam a ser permitidas. Comícios políticos para as eleições de 23 de março poderão ter até 500 pessoas.

Professor de relações internacionais da USP, especializado em Israel, Samuel Feldberg afirma que a rapidez da vacinação no país é fruto da logística, do sistema de saúde digitalizado e do esforço do governo. "É uma preocupação que começou lá atrás com as providências para obter vacinas", afirmou.

A dimensão de Israel – menor que Sergipe –, testagens em massa e gratuitas e uma população de 9 milhões de habitantes também são fatores-chave. Todos os ouvidos pela reportagem destacaram o papel do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que participou da campanha de vacinação, adotando um papel crucial de dar o exemplo.

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