O número de mortos pelas inundações nas Filipinas chegou a 284 nesta terça-feira (29). Grupos encarregados do resgate seguem retirando cadáveres de rios, enquanto milhares de pessoas continuam sem receber suprimentos e serviços básicos. Na segunda-feira (28) as autoridades reconheciam 140 mortes.
O Conselho Nacional de Coordenação de Desastres afirmou que as casas de quase 1,9 milhão de pessoas na capital e nas áreas próximas estavam inundadas, com quase 380 mil refugiados em escolas, igrejas e outros centros para desabrigados. As autoridades pediram ajuda internacional, ressaltando que pode faltar dinheiro para resistir a outra tormenta, localizada a leste do arquipélago e capaz de atingir as Filipinas já na sexta-feira.
A tormenta tropical Ketsana chegou ao norte do país no sábado. Foram as piores inundações no país em mais de 40 anos. Soldados, policiais e voluntários resgataram mais de 12.300 pessoas, mas há muitos relatos não confirmados sobre mais mortes, segundo o secretário da Defesa, Gilbert Teodoro. "Estamos fazendo o melhor possível para satisfazer as necessidades básicas, mas existe o potencial de uma situação mais grave", reconheceu Teodoro.
Havia diversos relatos sobre comunidades sem acesso à água potável, sem alimentos nem eletricidade. O governo decretou "estado de calamidade" na zona metropolitana de Manila e em 25 províncias afetadas pela chuva, incluindo muitas que não haviam sofrido inundações anteriormente. As autoridades liberaram fundos de emergência para enfrentar o problema.
Os Estados Unidos doaram US$ 100 mil e enviaram um helicóptero militar e cinco botes tripulados por cerca de 20 soldados norte-americanos, que estavam no sul do país, onde fornecem treinamento de contraterrorismo. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa Mundial de Alimentação também forneceram alimentos e outros tipos de auxílio aos filipinos.
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