Curitiba O candidato a presidente que lidera as pesquisas de intenção de voto na Bolívia, Evo Morales, terá trabalho para chegar ao cargo. Segundo os especialistas, a vantagem do deputado e líder do Movimento ao Socialismo (MAS) é relativa.
Para o pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos Sul-Americanos, José Alexandre Hage, o líder cocaleiro ganhou espaço político como representante indígena por via "tortuosas" e, por isso, não é aceito por todos os setores da sociedade. "Morales tem chances de conquistar ascensão política, mas não de chegar à Presidência."
O especialista em História Econômica e Estudos Internacionais Latino-Americanos da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Enrique Amayo, acredita que as chances de Morales vencer são grandes. "Mas a situação na Bolívia é tão complexa que é difícil avaliar se seria bom para o país uma vitória de Morales ou não. Mas com certeza ele bateria de frente com os setores tradicionais e com a diplomacia internacional."
Os outros dois candidatos presidenciais são os conservadores Jorge Quiroga ex-presidente (2001-2002) e o empresário Samuel Doria Medina.
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