Vargas Llosa diz que rápida resposta a tentativa de golpe abre momento “otimista” para o Peru

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O escritor peruano Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura em 2010, criticou a tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Pedro Castillo, que foi destituído pelo Congresso e preso após anunciar a dissolução do Parlamento e a instauração de um “governo de emergência” na quarta-feira (7).

Em um vídeo nas redes sociais, o escritor condenou “com os termos mais enérgicos a tentativa do presidente Pedro Castillo de dar um golpe” e elogiou a resposta rápida das autoridades do Peru.

“Tudo isso pode ser visto de forma positiva para o Peru, a forma como foi resolvida tão rapidamente esta tentativa de golpe de Estado para repetir mais uma vez o que aconteceu com [Alberto] Fujimori dois anos depois de assumir a presidência”, afirmou, em referência ao golpe perpetrado pelo ex-presidente peruano (1990-2000) em 1992.

Na eleição presidencial do ano passado, Vargas Llosa apoiou a filha de Fujimori, Keiko Fujimori, no segundo turno contra Castillo. Este ano, o escritor chamou o então chefe de Estado de “analfabeto” e o chamou de pior presidente da história peruana.

Vargas Llosa fez um pedido à nova presidente, Dina Boluarte, que tomou posse horas depois do Congresso destituir Castillo na quarta-feira.

“O que peço é que forme um gabinete amplo, no qual todos os peruanos se sintam representados. Acho que este é um momento bem mais otimista e feliz para o nosso país”, apontou, na conclusão da mensagem.