CIDADE DO VATICANO - O Vaticano condenou neste sábado a publicação das charges do profeta Maomé, que causou revolta entre os muçulmanos e gerou protestos violentos contra representações diplomáticas no mundo árabe.
"A liberdade de pensamento e expressão, confirmada na Declaração dos Direitos Humanos, não pode incluir o direito de ofender sentimentos religiosos da fé. O princípio obviamente se aplica para qualquer religião", informou em nota o Vaticano.
A nota da autoridade máxima da Igreja Católica diz ainda que "qualquer forma de crítica excessiva ou ridicularização de outros mostra falta de sensibilidade humana e pode em alguns casos constituir uma provocação inaceitável".
O Vaticano lamentou ainda as reações violentas às charges. "A intolerância, de onde vier, sendo uma ação ou reação, é sempre uma séria ameaça à paz", acrescentou a nota.
As charges, inicialmente publicadas em um jornal dinamarquês e reproduzida em diversos jornais da Europa depois dos protestos da população muçulmana, despertou um debate global sobre os limites da liberdade de expressão.
O Vaticano informou ainda que as instituições de um país não deve ser responsabilizada pelas ações de um jornal, mas disse que os governos "podem e devem intervir" de acordo com a legislação de cada país.
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