O Vaticano afirmou nesta terça-feira, por meio da divulgação de um estudo do Conselho Pontifício para o Cuidado Pastoral de Migrantes e Pessoas Itinerantes, que a Europa tem de acabar com os preconceitos que nutre contra os ciganos.
O documento pede maior entendimento sobre esse povo e reconhece que tradicionalmente os países cristãos o perseguiram.
"Considerados por muitos como estranhos perigosos e medigos insistentes, a opinião pública comumemente pede que se proíbam os movimentos nômades", diz o texto. "Ao longo da História isto resultou em perseguições que têm sido justificadas quase como uma medida de saúde".
Estima-se que o número de ciganos - espalhados pela Europa, pela Ásia e pela América Latina - seja de 15 milhões de pessoas.
O movimento migratório desse povo rumo à Europa ocidental representa um desafio para as populações locais, diz o documento, que pede que a Igreja ajude a diminuir a brecha entre os nômades e as comunidades ondem eles vivem.
Os ciganos devem, porém, assegurar que vivem conforme a lei. O documento afirma que atividades ilegais devem ser abandonadas.
A Igreja deveria ter uma preocupação especial para com os ciganos e se esforçar em converter os ciganos, diz o documento, que os descreve como religiosos mas freqüentemente envoltas por seitas e práticas supersticiosas.