Conforme já especulado, o Vaticano confirmou nesta quarta-feira (23) a abertura em poucos meses dos arquivos relativos à ditadura militar na Argentina (1976-1983) por vontade do papa Francisco, indicou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
“Como já anunciado no passado, o papa Francisco manifestou seu desejo de abrir para consulta os arquivos do Vaticano relativos à ditadura na Argentina”, afirmou. (1976-1983).Para isso, é necessário catalogar o material, explicou.
“O trabalho está sendo realizado e achamos que terminará nos próximos meses”, acrescentou Lombardi.
Em geral, os documentos tratam-se de cartas que eram recebidas por religiosos sobre desaparecidos. Há também jornais da época.
Críticas
Quando nomeado, o pontífice foi criticado por diversos integrantes de grupos de direitos humanos, que chamara de omisso durante o período de repressão na Argentina. O caso diz respeito a dois religiosos que foram sequestrados e depois liberados. O Papa, no entanto, sempre defendeu que fez todo o possível para ajudá-los.
Nesta quarta-feira (24), completam-se 40 anos do último golpe militar na Argentina