Mordomo (frente) e papa Bento XVI em foto tirada no dia 23 de maio| Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi/Files

O Vaticano confirmou oficialmente neste sábado (26) a prisão, e a identidade, do mordomo do papa Bento XVI, um dos supostos autores do vazamento de documentos confidenciais, e afirmou que segue preso.

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"Confirmo que a pessoa detida na quarta-feira por posse ilegal de documentos confidenciais, encontrados em seu domicílio em território do Vaticano, é Paolo Gabriele, que segue preso, indicou em um comunicado o diretor da sala de imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Desde sexta-feira, os meios de comunicação italianos identificaram o mordomo do Papa como autor de vazamentos que provocaram tensões no Vaticano e na hierarquia católica.

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Gabriele tem "todas as garantias jurídicas previstas no código penal e de procedimento em vigor no Estado e na Cidade do Vaticano", prossegue o texto.

Gabriele foi um dos poucos laicos com acesso ao apartamento privado de Bento XVI e foi designado mordomo em 2006, quando substituiu Angelo Gugel, que esteve durante anos a serviço de João Paulo II.

Em janeiro, documentos confidenciais divulgados pela imprensa italiana, - o escândalo batizado de "Vatileaks" -, confirmaram as lutas internas para o cumprimento das normas sobre a transparência.

Há um mês, Bento XVI criou uma comissão formada por três cardeais - Julián Herranz, Josef Tomko e Salvatore De Giorgi - para investigar a fuga reiterada de documentos internos.

A publicação nesta semana de uma série de cartas confidenciais dirigidas ao papa Bento XVI sobre temas delicados, como as intrigas do Vaticano ou os escândalos sexuais do padre mexicano Marcial Maciel, gerou desconforto e constrangimentos na Santa Sé.

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