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O ditador nicaraguense, Daniel Ortega, deu início a um processo de repressão forte contra a Igreja Católica e suas organizações no país
O ditador nicaraguense, Daniel Ortega, deu início a um processo de repressão forte contra a Igreja Católica e suas organizações no país| Foto: EFE/Jorge Torres

O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (19) que atenderá ao pedido da Nicarágua de receber 12 padres recentemente libertados e expulsos do país.

“Posso confirmar que foi solicitado à Santa Sé que recebesse 12 sacerdotes da Nicarágua, recentemente libertados da prisão. A Santa Sé aceitou, eles serão recebidos por um funcionário da Secretaria de Estado à tarde e alojados em algumas instalações da Diocese de Roma", disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

A ditadura de Daniel Ortega libertou, nesta quarta-feira (18), 12 padres e enviou-os ao Vaticano após o fechamento do acordo. O bispo Rolando José Álvarez Lagos, que se recusou a deixar o país, não está entre os religiosos.

Por meio de um comunicado, o regime da Nicarágua confirmou que, “depois de manter frutuosas conversas com a Santa Sé”, foi alcançado um acordo para a transferência dos sacerdotes ao Vaticano “que, por diferentes razões, viajaram para Roma".

Na nota, o governo nicaraguense afirmou que “este acordo alcançado com a intercessão de altas autoridades da Igreja Católica da Nicarágua e no Vaticano representa a vontade e o compromisso permanente de encontrar soluções, em reconhecimento e encorajamento de tanta fé e esperança que sempre encoraja os crentes nicaraguenses, que são a maioria".

Os padres libertados da prisão e enviados ao Vaticano são Manuel Salvador García Rodríguez, José Leonardo Urbina Rodríguez, Jaime Iván Montesinos Sauceda, Fernando Israel Zamora Silva, Osman José Amador Guillén e Julio Ricardo Norori Jiménez.

Ainda, Cristóbal Reynaldo Gadea Velásquez, Álvaro José Toledo Amador, José Iván Centeno Tercero, Pastor Eugenio Rodríguez Benavidez, Yessner Cipriano Pineda Meneses e Ramón Angulo Reyes.

Álvarez foi condenado em fevereiro a mais de 26 anos de prisão por “traição à pátria”, depois de se recusar a ser expulso da Nicarágua para os Estados Unidos juntamente a outros 222 presos políticos.

Ortega descreveu a Igreja como uma “máfia” e declarou o rompimento das relações com o Vaticano. (Com agência EFE)

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