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O Vaticano afirmou neste sábado que a esquerda italiana está tentando ``erradicar'' a família tradicional ao adicionar à sua lista de desejos de Natal mudanças na legislação para conceder direitos legais a casais não casados oficialmente, incluindo os homossexuais.

O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, declarou em editorial que os políticos da coalizão de centro-esquerda do governo estavam entrando em uma ``batalha sem sentido''. Eles pretendem apresentar um projeto de lei sobre o assunto até o final de janeiro.

``Quinze dias para o Natal. E há alguns fazendo outros cálculos, pensando em outros prazos'', afirmou o editorial.

O título do texto era: ``Natal 2006: Erradicar a família é a prioridade dos políticos italianos''.

O primeiro-ministro italiano Romano Prodi foi eleito em abril com uma plataforma que incluía algum tipo de reconhecimento legal a casais amigados. Mas, até agora, ele não declarou apoio público ao casamento gay, um assunto polêmico na Itália católica.

Prodi classificou, na quinta-feira, como ``um passo adiante'' uma proposta do Senado pedindo reconhecimento para casais heterossexuais e homossexuais. A ministra da Oportunidade Igualitária, Barbara Pollastrini, disse que começará a trabalhar, nos próximos dias, no rascunho de uma lei nos próximos dias que esteja pronta até janeiro, prazo solicitado pelo Senado.

A discussão pública se acirrou alguns dias depois de a cidade de Pádua, no norte da Itália, tornar-se a primeira no país a permitir que heterossexuais e homossexuais sejam formalmente registrados como casal.

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