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Krzystof Charamsa também não poderá mais lecionar em duas universidades pontifícias onde era professor. | ALESSANDRO BIANCHI/REUTERS
Krzystof Charamsa também não poderá mais lecionar em duas universidades pontifícias onde era professor.| Foto: ALESSANDRO BIANCHI/REUTERS

O Vaticano dispensou um padre de seu posto em um dos órgãos mais importantes da Cúria Romana neste sábado (3), depois que ele disse a um jornal que estava em um relacionamento gay e pediu que a Igreja Católica alterasse sua posição sobre a homossexualidade. O polonês Krzystof Charamsa foi demitido da Congregação para a Doutrina da Fé – que chamou de “coração da homofobia” no Vaticano em entrevista coletiva – e não poderá mais lecionar em duas universidades pontifícias onde era professor. A Santa Sé também deve iniciar o processo de “redução ao estado laico” de Charamsa – ou seja, ele voltaria a ser um leigo.

Charamsa, 43 anos, anunciou que é gay e tem um parceiro em entrevista publicada neste sábado pelo jornal italiano Corriere della Sera. Mais tarde, realizou uma coletiva de imprensa com o seu parceiro, um homem espanhol, e ativistas gays em um restaurante de Roma.

O Vaticano disse que a demissão de Charamsa não tem relação com seus comentários sobre sua situação pessoal, mas que a entrevista e uma manifestação prevista para o sábado foram atos “graves e irresponsáveis”, às vésperas de um sínodo de bispos que vai discutir questões de família, incluindo a homossexualidade, e sujeitariam o sínodo, que o papa Francisco deve abrir neste domingo (4), à “pressão indevida da mídia”.

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