O Vaticano condenou uma parada do orgulho gay que será realizada na sexta-feira em Jerusalém, afirmando que ela é uma ofensa aos religiosos e pedindo às autoridades israelense que a impeçam.
``É com amargura que soubemos que no dia 10 de novembro de 2006 está marcada em Jerusalém uma chamada 'parada do orgulho gay''', disse o Vaticano em comunicado na quarta-feira.
Em uma carta ao ministério das Relações Exteriores de Israel, o Vaticano pediu às autoridades que retirem a permissão para a parada, que deve atrair cerca de 8 mil pessoas.
``A Santa Sé reiterou em várias ocasiões que o direito à liberdade de expressão, sancionada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, está sujeita a limites, em particular quando o exercício desse direito ofende os sentimentos religiosos dos crentes'', dizia a carta.
``Está claro que a parada gay marcada para acontecer em Jerusalém será ofensiva à grande maioria de judeus, muçulmanos e cristãos, dado o caráter sagrado da cidade de Jerusalém''.
Festivais do orgulho gay são realizados todo ano em Jerusalém desde 2001, mas a parada deste ano, maior e com participação internacional, causou mais indignação do que antes.
Judeus ultra-ortodoxos, usando roupas e chapéus pretos, protestaram na cidade, queimando pneus e atirando pedras contra a polícia. Os organizadores disseram que a parada vai promover o entendimento e a tolerância.
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