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Escândalo

Vaticano suspende padre gay por confissão "anônima" na TV

O Vaticano suspendeu um importante padre da Santa Sé que reconheceu relações homossexuais em uma suposta entrevista na televisão, mas foi identificado por seus superiores.

Em um grande embaraço para a hierarquia da Igreja Católica, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi disse neste sábado que o monsenhor, cujo nome não foi divulgado, foi suspenso das funções e passará por investigação interna.

A mídia local o identificou como uma importante figura no departamento do Vaticano que supervisiona questões relativas ao sacerdócio e disse que ele fazia aparições regularmente na televisão do Vaticano.

A Igreja Católica não considera tendências homossexuais como pecaminosas em si, mas condena atos desse tipo e ensina que os padres devem aderir ao voto de celibato.

O padre apareceu em um documentário de TV com três outros religiosos, todos com os rostos e as vozes distorcidos para proteger suas identidades e falar sobre sua homossexualidade.

Ele disse na TV "La 7" que "não se sentia em pecado" por ser gay, mas preferia o anonimato "para evitar ser repreendido pelos superiores, devido à atual posição da doutrina Católica em relação ao celibato clerical e à homossexualidade".

No entanto, durante a entrevista o seu escritório no Vaticano era claramente visível na parte de trás, o que permitiu aos clérigos superiores descobrir a identidade dele.

O porta-voz disse que o Vaticano "teve de intervir decisivamente e severamente em um caso de comportamento incompatível com os deveres sacerdotais e com a missão da Santa Sé".

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