Nem bem ele foi nomeado porta-voz da Casa Branca, e um documento de sua autoria já vazou.
Em memorando enviado ao chefe de gabinete, Josh Bolten, ao conselheiro presidencial Dan Bartlett e à diretora de Comunicações da Casa Branca, Nicolle Wallace, Tony Snow diz que a imprensa que cobre os atos e ditos presidenciais dificilmente faz perguntas duras ao presidente e que é preciso "RE-HUMANIZAR O PRESIDENTE" (em maiúsculas, no original).
E prossegue: "Todas as outras sugestões minhas são apenas variações sobre esse tema. As pessoas QUEREM gostar deste presidente, e precisamos lhes dar mais chances".
No início do memorando, o novo porta-voz agradece a confiança que lhe foi dada e promete que não vai decepcionar a Casa Branca. Ele reconhece que é visto como um "showman", mas garante que vai manter o foco dos holofotes no presidente. Snow defende que deve ser retomada a estratégia de marketing que funcionou na primeira campanha presidencial, a de que Bush é um "cara comum".
O ex-radialista também propõe que a Casa Branca mostre ao povo que Bush não está preso em um escritório e pede mais aparições pública do presidente colocando a mão na massa.
No fim, Snow conclui que espera o dia, "não muito longe", em que todo o país vai enxergar o presidente como eles.
Com a popularidade presidencial em baixa recordista, na casa dos 33%, o ex-radialista terá de desenvolver dois planos: o primeiro, de re-humanizar Bush; o segundo, de enfrentar a dócil imprensa da Casa Branca depois que a rede ABC news conseguiu cópia do memorando. O documento teria sido entregue por um republicano que não gostou da contratação de Snow.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego