Autoridades norte-americanas e cubanas estão realizando conversações em "nível funcional" sobre como enfrentar o enorme vazamento de petróleo que começou depois que a plataforma Deepwater Horizon explodiu e afundou no Golfo do México.
O diálogo se soma aos sinais de preocupação de que fortes correntes podem levar a mancha de óleo para longe do local do vazamento, ameaçando atingir o arquipélago de Florida Keys e as praias virgens ao longo da costa norte de Cuba.
Trata-se de um raro momento de cooperação entre os dois países, presos a um conflito há mais de meio século.
"Eu posso confirmar que elas (as negociações) estão em andamento em nível funcional", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Gordon Duguid, em Washington. "Cabe a nós informar todos os nossos vizinhos, não apenas as ilhas, mas aqueles países que podem ser afetados pelo desastre", acrescentou.
Duguid disse que o Escritório de Interesses dos Estados Unidos em Havana também entregou ontem uma nota diplomática para informar o governo cubano sobre o vazamento e o que se sabe sobre seus movimentos previstos.
Não ficou claro se os Estados Unidos ofereceram assistência para Havana no caso de o vazamento chegar às praias cubanas ou se as autoridades aceitariam tal ajuda.