Equipe de tevê registra poluição provocada por vazamento| Foto: Carlos Barria/Reuters

Torneira fechada

Obama suspende pedidos de exploração

O presidente Barack Obama anunciou ontem a suspensão de análise de qualquer pedido de exploração de petróleo no Ártico até 2011 e estendeu a moratória de permissões para a perfuração de novos poços em águas profundas por seis meses.

Obama também prometeu ontem que regulações mais duras serão impostas à indústria petroleira e disse que está suspendendo as atividades em 33 operações de perfuração no Golfo do México e cancelando ou temporariamente suspendendo a venda de concessões pendentes e perfurações na Virgínia e no Ártico.

O presidente também disse que o "relacionamento conveniente e algumas vezes corrupto da indústria petroleira" com re­­­­guladores federais salienta a necessidade de novas regulações. Ainda não está claro o que causou a explosão da plataforma de petróleo da BP, que posteriormente naufragou, na costa da Louisiana. O poço tem jorrado petróleo há mais de um mês, contaminando praias e pântanos.

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A divulgação de uma estimativa mais precisa ontem sobre o vazamento de petróleo no golfo do México transforma o acidente da plataforma submarina da BP no maior desastre ambiental da história dos EUA.

O fluxo do vazamento, segundo cientistas do governo e técnicos independentes, é de 2 milhões a 3 milhões de litros de petróleo.

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A estimativa usada pela petrolífera até agora era de 800 mil litros por dia. Ao todo, teriam va­­zado até agora, depois de cinco semanas, algo entre 68 milhões e 148 milhões de litros de petróleo.

O vazamento que detinha o recorde na costa americana até agora era o do navio-tanque Ex­­xon Valdez, que havia despejado 42 milhões de litros no Alasca em 1989.

"Agora nós sabemos a escala real do monstro que estamos combatendo no golfo’’, disse hoje Jeremy Symons, vice-presidente da Federação Nacional de Vida Selvagem. "A BP libertou uma força irrefreável de proporções pavorosas.’’

A nova estimativa do acidente da BP no golfo do México saiu um dia após a empresa dar início a uma tentativa ousada de tapar o vazamento com uma mistura de barro e lixo nas tubulações danificadas a 1,5 mil metros de profundidade. Até a noite de ontem, a iniciativa estava tendo sucesso. A BP, porém, parou de transmitir as imagens de vídeo que mostravam o vazamento em tempo real.

Ontem, o presidente Barack Obama respondeu a críticas de que seu o governo teria entregue à BP a responsabilidade por combater o vazamento agora. "É meu trabalho assegurar que tudo esteja sendo feito para fechar isso’’, disse.

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