Novo escândalo vincula governo Kirchner a venezuelano
Buenos Aires Um novo escândalo envolve o governo do presidente argentino Néstor Kirchner e a Venezuela do presidente Hugo Chávez. Na madrugada do sábado, o venezuelano identificado como o empresário Guido Antonini Wilson chegou a Buenos Aires em um jatinho privado carregando uma mala com US$ 790 mil que não haviam sido declarados. No avião, junto com ele segundo a Justiça argentina estava Claudio Uberti, diretor do organismo que fiscaliza os contratos de concessões das auto-estradas argentinas.
O cidadão venezuelano argumentou que era integrante da comitiva do presidente Chávez, que desembarcaria na segunda-feira em Buenos Aires. Demonstrando irritação, Chávez desmentiu a afirmação do suposto empresário.
Buenos Aires O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, ratificou ontem sua intenção de que a Venezuela consiga a aprovação formal para tornar-se a quinta sócia plena do Mercosul. O anúncio foi realizado em Montevidéu, após uma reunião com o presidente venezuelano Hugo Chávez. "Somos muito favoráveis ao ingresso da Venezuela", afirmou Vázquez, um socialista moderado que chegou ao poder em março de 2005.
A entrada da Venezuela foi aprovada no ano passado pelos Parlamentos do Uruguai e da Argentina. No entanto, ainda falta a aprovação dos Congressos do Brasil e do Paraguai.
A entrada no Mercosul encontrou obstáculos no Senado brasileiro. O conflito começou quando os senadores criticaram o fechamento de emissora Radio Caracas Televisão (RCTV) por ordens de Chávez. O presidente venezuelano, pouco aberto às críticas, atacou o Senado do Brasil, acusando-o de ser um "papagaio" do governo do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Se não bastasse o revés nessa frente de combate, Chávez deparou-se com dificuldades também no Paraguai. Lá, a aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul empacou no Congresso.
Segundo Vázquez, a Venezuela deve entrar no Mercosul "o mais rapidamente possível, pois vai beneficiar a região".
Acordo
Chávez afirmou que a entrada da Venezuela foi o resultado de um acordo entre os presidentes dos quatro países do bloco. Mas ressaltou que, nos parlamentos, "houve um esfriamento inexplicável" da aprovação.
Primeiro, relativizou: "São coisas do caminho, ossos do ofício. Acho que é um leve atraso, pois existe a mais firme vontade...o Brasil disse isso, por meio do chanceler Celso Amorim, que deve ir em breve à Venezuela, na semana que vem."
Depois, foi mais duro: "Esse atraso já é um pouco incômodo", afirmou. Finalmente, encontrou um culpado: "Os Estados Unidos são os responsáveis...são a maior ameaça mundial. (George W. Bush) é o Conde Drácula do planeta!".
Apesar das declarações de apoio de Vázquez, o governo uruguaio está dividido sobre o ingresso da Venezuela no bloco.
Recentemente, o ministro da Economia do Uruguai, Danilo Astori, afirmou que o "estilo de confronto" de Chávez era um "aspecto preocupante" para o Mercosul.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Deixe sua opinião