Os peruanos elegem no domingo seu novo presidente para os próximos cinco anos, em uma votação marcada por muitas curiosidades. Confira alguma delas:
- Um dos candidatos na disputa é Gregorio Santos, em prisão preventiva há dois anos e à espera de um julgamento por suposta malversação de fundos públicos quando era governador da região de Cajamarca (nordeste). Teve permissão temporária para sair e participar em um debate. Para o encerramento da campanha, gravou um vídeo que foi exibido em uma praça para seus seguidores.
- A disputa começou com 19 candidatados em janeiro, mas, desde então, muitos renunciaram ou foram expulsos pela nova lei eleitoral, restando dez aspirantes.
- A lei de partidos políticos que rege desde janeiro e permite excluir candidatos por financiamento ilegal de campanha provocou confusão no Júri Nacional de Eleições, que foi alvo de críticas por falta de critérios claros na aplicação da norma.
- A aplicação da nova lei provocou a exclusão de duas candidaturas: do milionário César Acuña, que entregou dinheiro a eleitores durante sua campanha, e a de Julio Guzmán, que chegou a ficar em segundo lugar nas pesquisas, por descumprir normas administrativas nas primárias de seu partido.
- Durante a campanha, Acuña foi acusado de plagiar textos em sua tese de doutorado na Espanha. Também de apropriar-se da autoria de um livro de seu professor. Uma vez fora da disputa, ninguém fala mais do assunto.
- Entre tantas saídas e expulsões, a cédula de votação foi impressa com 14 nomes. No entanto, quatro renunciaram depois da impressão e seus rostos aparecem na cédula. Os votos em seu favor serão considerados nulos.
- Pela primeira vez duas mulheres estão perto de vencer a presidência: Keiko Fujimori, a favorita, e Verónika Mendoza, da Frente Ampla.
- Keiko é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, condenado a 25 anos de prisão por corrupção e violação dos direitos humanos, considerado o presidente mais corrupto da história do país e o sétimo do mundo, segundo a Transparência Internacional.
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