Claudine Gay, reitora da Universidade Harvard, e outras duas reitoras evitaram condenar explicitamente a defesa do extermínio de judeus no ambiente universitário, em audiência no Congresso dos Estados Unidos| Foto: Will Oliver/EFE/EPA
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O economista Philip Dybvig, que ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2022, fez duras críticas à reitora de Harvard, Claudine Gay, dias após ela se recusar a responder se pregar o genocídio de judeus violaria o código de conduta da universidade.

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Em uma declaração concedida nesta sexta-feira (15) ao site Karlstack, Dybvig disse que Gay é uma “opressora” que representa um “padrão comum em governos que caminham para o totalitarismo”.

O caso envolvendo Gay e outras duas reitoras de universidades americanas de prestígio, Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia, e Sally Kornbluth, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), teve início em uma audiência realizada na Câmara dos Representantes no começo deste mês.

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As três foram questionadas por parlamentares sobre se estudantes que defendessem o extermínio de judeus seriam punidos por suas instituições. As reitoras deram respostas evasivas, dizendo que isso “dependeria do contexto”.

A postura delas gerou indignação entre membros do Partido Republicano e doadores das universidades, que passaram a pedir a demissão das três. Somente Magill deixou o cargo até o momento, enquanto Gay e Kornbluth permanecem em suas funções.

Dias após participar da audiência na Câmara, Gay ainda foi acusada de plágio em seus artigos acadêmicos, mas o conselho de Harvard resolveu mantê-la mesmo assim no cargo.

Dybvig, que dividiu o Nobel de Economia de 2022 com Ben Bernanke e Douglas Diamond por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras, disse ainda em sua declaração que tinha o sonho de “acabar com a opressão”, mas que percebeu que a “maioria das pessoas quer se tornar o opressor”. Ele comparou Gay e outras pessoas no poder a “governos totalitários” que se dizem “representantes dos oprimidos”, mas que “oprimem grupos não favorecidos” por seus ideais e destroem “quem discorda de sua narrativa”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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