Londres - Foi recebida no Reino Unido com uma enxurrada de críticas a decisão do Ministério da Defesa, tomada no sábado, de permitir que os 15 marinheiros libertados quarta-feira pelo Irã pudessem vender seus depoimentos a jornais e redes de TV.
Max Clifford, um agente de celebridades, diz ter sido contatado por familiares de dois ex-prisioneiros e calcula que as entrevistas renderão 500 mil libras esterlinas (R$ 4 milhões).
A mais beneficiada será Faye Turney, a única mulher do grupo, que assinou contratos para entrevistas com o jornal The Sun e com a rede ITV, por algo entre R$ 400 mil e R$ 600 mil.
O New York Times comenta que entrevistas pagas são normais na mídia britânica, mas quando se trata apenas de personalidades civis. Os militares são em geral proibidos de dar declarações. A exceção aberta pelo Ministério da Defesa realimentou as críticas ao grupo de marinheiros, de que teria sido de certo modo conivente com os iranianos, em suas "confissões de que estava em águas daquele país.
O porta-voz do Partido Conservador, William Haghe, disse que a venda de entrevistas leva "à perda da dignidade e do respeito por nossas Forças Armadas. O líder da bancada liberal democrata, Menzies Campbell, teme que a operação permita a divulgação involuntária de informações militares sigilosas.
Para o coronel Bob Steward, ex-comandante das forças da ONU na Bósnia, os ex-prisioneiros "estão se comportando como estrelas de reality show".
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