Massimo Cacciari, prefeito de Veneza, parecia poder realizar o sonho de muitos outros prefeitos do mundo: encontrar um patrocinador para a sua cidade. No caso de Veneza, era a Coca-Cola. Mas o plano de Cacciari não deu certo.
Já estava tudo pronto para montar 60 máquinas de venda automática da bebida, em troca de 2,5 milhões (cerca de R$ 7,5 milhões), mais uma porcentagem de lucro nas vendas de cada latinha ou garrafa. Mas a prefeitura foi obrigada a recuar e lançar, a partir desta semana, um aviso de licitação para a instalação de novas máquinas de venda automática de bebidas e sanduíches no centro da cidade.
O recuo foi determinado pela reação indignada de cidadãos, políticos de direita e de esquerda, da mídia e das associações de defesa do meio-ambiente, quando foi divulgado o acordo com a Coca-Cola, numa reportagem publicada pelo jornal "La Stampa", em 23 de fevereiro. A maioria dos venezianos se declarou horrorizada com a ideia de ver geladeiras da Coca-Cola instaladas perto dos monumentos de Veneza, cidade tombada pela Unesco como patrimônio da Humanidade.
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