O regime venezuelano acusou novamente nesta terça-feira (12) os Estados Unidos de estarem por trás do suposto plano para matar o ditador do país, Nicolás Maduro.
Nos últimos meses, diversos opositores do chavismo foram presos e capturados sob a acusação de estarem envolvidos neste plano, cujas investigações estão em curso pela procuradoria-geral da Venezuela, comandada por Tarek William Saab, um forte aliado de Maduro.
Sem apresentar provas contundentes, o chavismo afirma que existia um plano orquestrado pelos americanos, que contava com a participação da oposição, que visava atingir quarteis e assassinar Maduro.
Nesta terça, Brian Nichols, subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA, condenou por meio de sua conta no X (antigo Twitter) a detenção de opositores e membros da campanha de María Corina Machado e exigiu a libertação imediata de todos os venezuelanos detidos injustamente.
Em resposta a Brian, o chanceler do regime chavista, Yván Gil, defendeu as ações da ditadura, alegando que as detenções são uma “resposta a tentativas de criar caos e destruição no país”.
“Esta mensagem de Brian Nichols expõe as más intenções do governo dos EUA e seu envolvimento na trama de assassinato contra o [ditador] presidente Maduro”, escreveu Gil no X, acrescentando que “a defesa obstinada e vergonhosa de indivíduos que buscaram instigar caos, destruição e morte na Venezuela tem conflitado com a dignidade de nosso povo, que tem derrotado cada conspiração de maneira digna e corajosa. O império e seus lacaios com grandes sobrenomes não terão sucesso. Prevaleceremos!”.
As prisões de opositores fizeram com a Plataforma Unitária Democrática (PUD), que representa a oposição venezuelana, acusasse o regime de violar o acordo de Barbados.
Mesmo com as detenções e inabilitações de opositores, a Venezuela decidiu divulgar seu calendário eleitoral. As eleições no país sul-americano, onde Maduro tentará se perpetuar no poder, contam a desconfiança internacional.
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