Diosdado Cabello, número 2 do chavismo e atual ministro da Justiça e Paz do regime de Nicolás Maduro, ameaçou o opositor Edmundo González Urrutia com prisão caso ele retorne à Venezuela para tomar posse como presidente em 10 de janeiro de 2025.
Em uma declaração feita durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), Cabello disse que González será "recebido" no aeroporto internacional da cidade de Maiquetía, onde seria imediatamente preso.
"Vamos esperar no aeroporto [...] porque ele diz que vai se juramentar em 10 de janeiro aqui na Venezuela", afirmou Cabello, acrescentando que "a justiça sempre chega" e que não haverá perdão para aqueles que “conspirarem” contra o regime.
González está exilado na Espanha desde setembro após ser alvo de perseguição e ameaças do regime de Maduro. Segundo atas da oposição, reconhecidas pelos EUA e por observadores internacionais, o opositor foi o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho, com mais de 60% dos votos. O chavismo, no entanto, fraudou os resultados e declarou o atual ditador venezuelano como vencedor, sem apresentar provas. A oposição venezuelana tem tentado pressionar a ditadura de Caracas a ceder e buscado apoio internacional para sua causa.
González tem indicado seu desejo de retornar à Venezuela para tomar posse como presidente em janeiro perante a Assembleia Nacional no início do próximo ano, reforçando sua intenção de assumir o cargo de presidente do país sul-americano.
Cabello, por sua vez, indicou que o retorno de González será uma oportunidade para o regime chavista agir contra ele.
"Um amigo tem um comitê de boas-vindas preparado", disse o ministro do regime de Caracas, sugerindo que a intenção de González de retornar ao país poderá resultar em seu encarceramento.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião