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Regime de Nicolás Maduro

Venezuela ameaça revogar acordo de repatriação de imigrantes caso os EUA não interrompam sanções

O ditador Nicolás Maduro enfrenta novas sanções dos EUA após desqualificar líder da oposição para as eleições deste ano (Foto: Miguel Gutierrez/EFE)

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O regime da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, ameaçou revisar qualquer mecanismo de cooperação existente com os Estados Unidos se as sanções econômicas impostas ao país forem intensificadas.

"Se eles derem o passo em falso de intensificar a agressão econômica contra a Venezuela, (...) a partir de 13 de fevereiro os voos de repatriação de migrantes venezuelanos serão imediatamente revogados e qualquer mecanismo de cooperação existente será revisto como uma contramedida", disse a vice-presidente executiva Delcy Rodríguez, em sua conta na rede social X.

A Venezuela classificou como "chantagem grosseira e indevida" o anúncio da Casa Branca, que ontem informou sobre a restauração das sanções ao setor de ouro venezuelano e ameaçou fazer o mesmo com o de petróleo, em retaliação à inabilitação da candidata presidencial da oposição, María Corina Machado.

“Essa tentativa deliberada de atingir o setor de petróleo e gás venezuelano não impedirá o país de se esforçar para recuperar a economia com seus próprios meios", afirmou Rodríguez.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, anunciou nas redes sociais na segunda-feira (29) que "em resposta às ações antidemocráticas do governo de Nicolás Maduro, os EUA revogaram o alívio das sanções para o setor de ouro da Venezuela".

“O alívio para os setores de petróleo e gás da Venezuela será renovado em abril somente se os representantes de Maduro cumprirem seus compromissos", acrescentou.

O governo de Joe Biden adotou a medida em resposta à decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela de ratificar a inabilitação por 15 anos de Machado para ocupar cargos públicos, o que a impede de concorrer a eleições até o ano de 2036.

A Casa Branca avisou nesta terça (30) à ditadura comandada por Maduro que ele tem até abril para cumprir os acordos firmados com a oposição, antes das eleições presidenciais previstas para o final deste ano, ou enfrentará sanções novamente.

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